19 de janeiro de 2009

Cangatux.msgDeprogramador(85);

Software israelense manobra opiniões na internet

http://inet.sitepac.pt/BandeiraIsraelPalestina.jpg

Nem só de caças F-16 e mísseis teleguiados são feitos os ataques israelenses em Gaza. Uma arma em específico se destacou pela eficiência apresentada desde a escalada do conflito --e continuará sendo usada, mesmo após o cessar-fogo. Ela age nos bastidores da internet, modificando resultados de enquetes on-line, entupindo caixas de e-mails de autoridades e ajudando a protestar contra notícias desfavoráveis à comunidade israelense.

O nome da ferramenta é Megaphone, um software desenvolvido pela companhia Collactive e distribuído pela organização Giyus ("mobilização" em hebraico, mas também sigla para "Give Israel Your United Support" ou "Dê a Israel seu apoio integrado", em tradução livre). O programa serve para mobilizar internautas pelo mundo dispostos a manobrar ("balancear", segundo os usuários) opiniões na rede.

Desenvolvido em 2006, durante a Guerra do Líbano, seu uso atingiu 36.700 "soldados virtuais" com o conflito em Gaza. A meta: 100 mil participantes.

Lobby 2.0

O internauta disposto a fazer parte do arrastão cibernético precisa baixar um programa no site Giyus.org, que se apresenta como uma "coalizão de organizações pró-Israel trabalhando juntas para ajudar a comunidade judaica a fazer suas opiniões serem ouvidas de maneira efetiva".

Instalada a plataforma, aparecem no computador alertas em tempo real sobre notícias, enquetes, artigos, vídeos ou blogs que estejam com visões "a favor ou contra" a comunidade. Lembram os avisos de novas mensagens do comunicador instantâneo MSN. O internauta é convidado, a partir daí, a "agir por Israel" --enchendo os alvos de críticas, elogios ou votos.

Com poucos cliques (e sem dominar o idioma da página em questão), é possível influenciar uma pesquisa no site do Yahoo! ou mandar uma notícia sobre mísseis palestinos para a ONU, entre outros. O programa oferece no próprio navegador um formulário completo de "ação" já preenchido, com endereços dos destinatários e conteúdo padrão a ser enviado: o internauta sequer precisa abrir sua conta de e-mail ou clicar em "enviar".

Redes sociais e sites colaborativos, como Facebook e YouTube, também estão na mira do software. Esse tipo de estratégia, que recebeu o apoio do Ministério das Relações Exteriores de Israel, já forçou o site da BBC a tirar uma enquete do ar.

Desde o início da invasão a Gaza, dezenas de comunidades e sites foram "pichados", invadidos ou derrubados, tanto por piratas virtuais palestinos quanto israelenses. O que se destaca neste caso, no entanto, é o modo de atuação do programa, que institucionaliza a manipulação de informação de forma coordenada e colaborativa.

---

Fonte: Folha Online

Bem, manipulação de enquetes não chega a ser uma coisa inovadora. Cita-se o caso do TheBOBs, que os russos tentaram burlar os votos populares para eles e acabaram levando na beirada para o BnCI.
Porém, nesse caso específico, tenta-se manipular não só resultados, mas opiniões. No caso do conflito na Palestina, todos estão errados nessa cruzada. O orgulho e a "horna" não podem sobrepujar vidas de pessoas, não importa de que religião sejam. E é esse o grande problema. Nenhum governo pode concordar com coisas assim.
Israelenses e palestinos precisam ser responsáveis pelos seus atos e saber receber críticas, como qualquer governo de vergonha. E nisso o Brasil, aos trancos e barrancos, sabe ser. Liberdade de expressão. Indiretamente está sendo privado isso de quem deseja opinar sobre o conflito. E você achava que corneta só aparecia em comunidade de times no orkut... :s

Inté+

P.S.: Vote nos piores de 2008!! Boloscar - mais um produto do BnCI!!

Nenhum comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...