22 de abril de 2009

Ex... Portes (LXXII)

Fim do Osasco abala jogadoras

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Abriu-se um rombo no vôlei nacional. Na noite de segunda-feira, o anúncio da extinção da equipe de vôlei feminino do Finasa/Osasco surpreendeu o esporte do Brasil. O fim de um time com 20 anos de história ocorreu dois dias após o vice-campeonato da Superliga feminina. A decisão deixou sem emprego e assustadas quatro atletas que conquistaram medalha de ouro em Pequim/2008: a gaúcha Carol Albuquerque, Sassá, Thaísa e Paula Pequeno. Os projetos sociais e as categorias de base serão mantidos.

As jogadoras foram avisadas pelodo supervisor Benedito Crispe. Ele ligou para cada uma das integrantes do time. (...)

Um dos motivos para o fechamento do vôlei feminino adulto seria o descontentamento da diretoria do Finasa (banco patrocinador) em relação a mais uma derrota na final para o Rio de Janeiro, sábado. A direção alegou que o investimento era alto demais para os resultados. Das cinco finais entre os times, quatro foram vencidas pelas cariocas. Para Carol, a manutenção da equipe de base é uma contradição.

– Isso não adianta se elas forem embora quando crescerem.

Em nota divulgada ontem, o Finasa explicou que a decisão vai ao encontro de um projeto de concentrar investimentos nas categorias de base e em projetos sociais.

Abalado, Zé Roberto, técnico da seleção, demonstrou preocupação com o destino das jogadoras. Na segunda-feira, o treinador divulgou a pré-lista das convocadas para o Torneio de Montreux. Das 18 inscritas, sete atuavam no Osasco.

– Essa era a melhor estrutura que já existiu no Brasil. Fico amargurado. Perde o vôlei como um todo, perde a seleção brasileira.

Tricampeão da Superliga, o Osasco participou das últimas oito finais do torneio. Nesta temporada, a equipe venceu todas as competições que disputou, com exceção da Superliga: Copa São Paulo, Copa Brasil, Salonpas Cup, Campeonato Paulista e os Jogos Abertos do Interior. Durante a Superliga, Bernardinho, do campeão Rio de Janeiro, disse que o técnico adversário Luizomar de Moura tinha o grupo de jogadoras mais forte.

Fonte: Zero Hora
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Como a criatividade anda em alta (sic), reproduzo o email que mandei pra Lista PJ sobre o assunto.

Pra resumir, isso é uma bola foríssima do Finasa (Bradesco), que quer manter as categorias de base da equipe. Ora, pra que equipes de base se quando crescerem não vão ficar?

Alega-se que o motivo seria mais uma derrota para a equipe do Rio de Janeiro em finais de Superliga. Fico imaginando se a Unilever - empresa detentora da Rexona e da Ades, patrocinadoras da equipe do Rio - faria o mesmo se o inverso acontecesse.

O voleibol já é o segundo esporte mais querido do país, mas os clubes famosos do Brasil parecem que ainda não acordaram para isso, ou dão uma de joão-sem-braço quanto a incentivos para o esporte.

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Inté+

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