5 de agosto de 2008

Pum...Lítica (XVIII)

E... esta seção está de volta!!!

Eh, daqui há alguns dias começa o programa de humor mais hilário de todos: A propaganda eleitoral gratuita. Vou tentar reeditar as tosqueiras que apresentei aqui em 2006, na época em que este modesto blog ainda era infante, além de jogar as tosqueiras dessa nova temporada - tem cada uma por aqui que Deus me livre... =D

Para (re)começar, reedito aqui um texto velhiiiinho, feito pelo Mário Prata para o Estado de São Paulo (bem, pelo menos é o que parece...), para as eleições presidenciais de 1998. Algumas coisas já ficaram velhas, mas outras...

Publicamos hoje, em primeira mão, o resultado da pesquisa de Boca de Urna sobre as eleições presidenciais de 3 de outubro de 1998. Pela primeira vez na história democrática deste país, observou-se um empate técnico entre os onze postulantes ao Planalto Central. Cada um deles foi apontado como nosso futuro presidente por 9,09 do eleitorado. Foram ouvidas 15.867 pessoas em todo o Brasil nesta Boca de Urna realizada pelo Estadão.

A seguir, a plataforma de cada um deles:

PAULO HENRIQUE CARDOSO (9,09) - Na impossibilidade da reeleição de seu pai Fernando, meu querido amigo Paulinho foi o candidato natural do PSDB. Sua principal plataforma foi o Plano Imperial para combater a Deflação que vinha atingindo índices de até 50% ao mês. O dólar, por exemplo, está valendo 0,0008 reais novos. O povo quer de volta a inflação. Foi acusado de usar a máquina do governo, um velho Buick do seu pai.

LUIS INÁCIO LULA DA SILVA (9,09) - Seu partido, o PT do B, errou ao criticar prematuramente o Plano Imperial e ele, que era o grande favorito, foi despencando nas pesquisas. De nada adiantou ter feito o curso ginasial nestes últimos quatro anos. Mas promete estar com o Científico completo até a eleição de 2002.

ESPERIDIÃO AMIN (9,09) - Agora de peruca, parece outro homem. Seu lema foi: "se ela deu certo, porque eu não posso dar"? Sua frase preferida no Horário Político Pago sempre foi: "não digam amém aos políticos, digam Amin"!

LEONEL BRIZOLA (9,09) - Teve um certo apoio popular após mudar-se em 95 para a favela da Rocinha onde reside até hoje com sua filha Neuzinha. Mas parecia cansado na fim da campanha. Chegou a ameaçar renunciar. Também errou ao atacar o Plano Imperial.

ENÉAS CARNEIRO   (9,09) - Desta vez, com apenas 5 segundos na televisão por dia, contentava-se em dizer "meu nome é Mussolini", assumindo de vez o seu lado direito. Do seu lado torto, descobriu-se que, atualmente, ele não trabalha em seis hospitais.

FERNANDO COLLOR (9,09) - Esperava-se mais do ex-presidente. Foi taxado de demagogo pela direita e pela esquerda ao fazer a sua campanha de bicicleta, levando marmita aos mais pobres de casa em casa explicando o inexplicável.

PC FARIAS (9,09) - Uma campanha milionária com o apoio dos especuladores unidos, usando o refrão do velho Adhemar: "roubo, mas faço"! Apesar da simpatia de todos os presos do Brasil, sua campanha nunca chegou a levantar vôo no Morcego Negro. Continua preso.

BATMAN (9,09) - Depois de ter sido o candidato a deputado mais votado em Pernambuco em 94, esperava-se mais deste herói, lançado pelo PFL. Mas os rumores de uma estreita relação (política) entre ele e o seu vice Robin, parece que chegaram a abalar um pouco a sua aventura rumo à Brasília.

JAMES LINS (0) - Sua candidatura foi impugnada pelo TSE poucos dias antes da eleição, pois os eleitores ainda estavam em dúvida se ele realmente existia ou seria invenção de algum escritor brasileiro. Ele se defendia dizendo que todos os demais candidatos eram tão personagens e falsos quanto ele. Mas ficou mesmo de fora.

BRANCO (9,09) - O ex-craque, pentacampeão na França, foi a grande surpresa desta campanha. Seu slogan, criticado por todos, era: "vote em Branco"!

NULO (9,09) - O Almirante Fortuna mudou de nome e foi muito mais votado desta vez, assumindo a nulidade de suas pretensões.

INDECISO (9,09) - O ex-governador Orestes Quércia, de São Paulo, teve seus votos com este novo registro. Manteve os nove pontos desde o começo da campanha e ficou indeciso até o final se caia fora ou não. Ainda reclama daqueles 12% de reajuste que ele não pagou até hoje aos seus funcionários. Dizia que o Plano Imperial era eleitoreiro.

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Lembrando aos distraídos que esta crônica tem 10 anos.

Ri ALTO com o Batman e o Branco... hehe

Inté+

P.S.: Cobertura olímpica? É com nóis!!!

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