28 de março de 2008

Grandes Filhas da Mãe da Humanidade (IX)


Dragão do Mar
Atrasado, mas sempre em voga :D
Abolição no Ceará - A campanha abolicionista no Ceará ganha a adesão da população pobre. Os jangadeiros encabeçam as mobilizações, negando-se a transportar escravos aos navios que se dirigem ao sudeste do país. Apoiados pela Sociedade Cearense Libertadora, os "homens do mar" mantêm sua decisão, apesar das fortes pressões governamentais e da ação repressiva da polícia. O movimento é bem-sucedido: a vila de Acarape (CE), atual Redenção, é a primeira a libertar seus escravos, em janeiro de 1883. A escravidão é extinta em todo o território cearense em 25 de março de 1884.
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Fonte: Colégio São Francisco
Dentre os jangadeiros mobilizados, destacou-se um. Francisco José do Nascimento, ou Chico da Matilde. Mas não é com esse nome que nós cearenses o conhecemos. Chico era um catraieiros (condutor de botes) no precário porto de Fortaleza. Virou chefe dos cabra lá.

Em 1874 foi nomeado prático da Capitania dos Portos, convivendo com o drama do tráfico de escravos e sendo mulato, se envolveu na luta pelo abolicionismo, e uma de suas atitudes foi o fechamento do Porto de Fortaleza ao tráfico de escravos para as outras províncias. Isso lhe custou seu cargo em 1881, por conta do movimento dos jangadeiros acima descrito.

Em 1884, depois da abolição total dos escravos no Ceará, ele foi ao Rio de Janeiro levando a jangada Espírito Santo, com a qual havia participado da greve. Lá a jangada ficou no Museu nacional e o Imperador o reconduziu ao cargo perdido antes.
Em 1890, recebeu a patente de Major - Ajudante de Ordem do Secretário Geral do Comando Superior da Guarda Nacional do Estado do Ceará.
Pelos seus feitos na luta contra a escravidão ganhou a alcunha pela qual nós o conhecemos: Dragão do Mar.

Ele dá nome, por exemplo, ao Centro de Cultura do estado, que fica próximo a praia de iracema, aqui em Fortaleza. Vale a pena dar uma passada lá!

E nós cearenses comemoramos no dia 25 último esse dia de libertação. Sim, comemoramos, apesar dos pesares. Sabemos que não ainda existe uma certo preconceito, mas lembrando do passado e de pessoas como o Chico da matilde aí, levantamos a cabeça e continuamos, sempre comemorando o que acontece de bom.

Então, comemoremos!!! Um abraço pra galera de Redenção!! Estive lá de passagem há alguns anos. Terra boa de gente hospitaleira!!!

Inté+

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