23 de agosto de 2010

Pesquisa de Intenção de Votos: Esse desconhecido

Se você - como eu - nunca participou de uma pesquisa de intenção de votos, e não caiu ainda na bobagem de Teoria da Conspiração, deve estar curioso pra saber como funcionam essas pesquisas. Bem, aqui está um apanhado raso sobre isso!


Para quem pelo menos já teve a oportunidade de estudar Estatística, entende como funciona a pesquisa. E tem do que reclamar delas sim, mas de outras formas. No entanto, para a maioria da população, parece "migué". Então, vou tentar explicar:

São 170 milhões de eleitores, segundo o TSE. Fazer uma pesquisa com todos eles, além de ser inviável seria inútil, já que se faria um trabalho tão ou mais intenso que o TSE no pleito eleitoral.

Quando um instituto é contratado para realizar a pesquisa, antes de sair às ruas deve-se planejar, dentre outras coisas, o prazo - tempo para realizar a pesquisa - e amostragem.

Amostragem parece um nome complicado, mas é bem simples. Da mesa forma que se extrai apenas uma pequena parte do sangue para descobrir características importantes do sangue completo.

Na pesquisa eleitoral, a amostragem seria pegar conjuntos distintos de pessoas para tentar prever o comportamento da população completa. É uma amostra bem pequena, mas são muitos desses "conjuntos".

Segundo o blog da Jangadeiro:

Nos levantamentos nacionais ou estaduais, em geral os grandes institutos trabalham da seguinte forma: num primeiro estágio, são sorteados ou escolhidos os municípios que farão parte do levantamento; depois, os bairros e pontos onde serão aplicadas as entrevistas. Por fim, os entrevistados são selecionados aleatoriamente de acordo sexo, faixa etária e grau de instrução.

Então, se você nunca foi entrevistado, você não é o "um" entre 5000 eleitores que são selecionados, de acordo com os dados das pesquisas (levando em conta que numa pesquisa são entrevistados cerca de 2500 pessoas entre os 170 milhões de eleitores).

A suposição da pesquisa tenta se aproximar da realidade através das margens de erro. De acordo com as amostragens, é calculado um percentual que tenta aproximar os dados da pesquisa à realidade da população.

Apesar dos centros de pesquisa terem credibilidade, esses "sorteios" sendo mal feitos - ou feitos de forma tendenciosa - podem trazer alguns erros nos dados da pesquisa, podendo prejudicar a margem de erro ou toda a pesquisa de intenção de votos.

É interessante ver os dados das pesquisas, mas é mais importante ainda conhecer a história dos candidatos, afinal, os números são frios e apenas servem para que as campanhas se mobilizem para tentar ganhar mais votos. Fique de olho nisso!

Para mais dúvidas, esse link pode ser bem completo sobre o assunto!

Inté+

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