Caça-níqueis viram computadores no Rio
Segundo Receita Federal, cerca de 10 mil máquinas foram apreendidas somente no Rio.
De acordo com secretário estadual de Tecnologia, iniciativa é inédita no país.
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, apresentou na manhã desta segunda-feira (16) no Centro de Educação Tecnológica e Profissionalizante (Cetep) de Quintino, no subúrbio do Rio, dois computadores produzidos com peças de máquinas de caça-níquel.
As máquinas utilizadas foram apreendidas em operações realizadas pela Receita Federal em parceria com a Polícia Federal. Os computadores utilizarão o sistema operacional Linux, com processador 1.8GHz Intel Celeron, mas terão o formato dos caça-níqueis.
De acordo com o secretário de Ciência e Tecnologia do Rio, Alexandre Cardoso, foram gastos apenas R$ 60 em cada caça-níquel para que se tornassem computadores.
"Os caça-níqueis têm quase todos os hardwares utilizados em um computador normal. Por isso os investimentos foram pequenos. Queremos colocá-los à disposição da população do Rio, seja em escolas ou em órgãos públicos que ainda não possuem computadores. É uma atitude inédita em todo o país", disse.
A transformação dos caça-níqueis em computadores será feita pelos próprios alunos do Cetep, segundo informou o professor Marcos Monteiro, coordenador do projeto.
"Inicialmente, vamos transformar 136 máquinas de caça-níquel em computadores. A transformação será feita pelos próprios alunos do Cetep, que vão montar e testar os computadores", disse.
Segundo o superintendente da Receita Federal da 7ª Região (RJ/ES), César Barbieiro, cerca de 10 mil máquinas de caça-níqueis foi apreendida somente no Rio de Janeiro durante as operações. "Normalmente as máquinas apreendidas são destruídas, mas, felizmente, agora elas poderão ter uma utilidade pública", disse.
O governador Sérgio Cabral elogiou a iniciativa. "Na prática, é a conversão do mal para o bem", disse.
Taí uma boa... Já sabia que o governador tinha requerido a possibilidade disso, mas não sabia se ia em frente - sabe como é, politicagem...
Isso bem que podia se espalhar pelo Brasil, não? :D
Inté+
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